'Foi uma brincadeira', diz general Heleno sobre afirmação de que precisava tomar calmante para evitar medidas 'mais drásticas' de Bolsonaro contra o STF; veja VÍDEO
Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta quinta-feira (1°), o general Augusto Heleno foi confrontado com um áudio sobre uma fala em que ele diz que precisava tomar calmente para evitar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tomasse "medidas mais drásticas" contra o Supremo Tribunal Federal (STF) (veja vídeo acima). Heleno é ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro. Aos distritais, o general afimrou que a frase foi retirada de contexto e que não passava de "uma brincadeira". "Falei de maneira jocosa", afirmou. Ao ser questionado sobre o que seria "medidas mais drásticas", Heleno afirmou: "fazer um rompimento declarado com o STF". Além disso, o ex-ministro afirmou que houve uma série de atitudes do Supremo que poderiam desagradar uma parte da população e o presidente. "Mas eu falei de uma maneira amena. Ele [Boslonaro], mesmo com a corda esticando de um lado, manteve a tranquilidade. Eu sempre procurei atuar de forma mediadora, mas o presidente nunca precisou. Ele passou o mandato todo sendo massacrado e conseguiu manter a calma. Meu papel era aconselhar", disse. LEIA TAMBÉM: CPI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS: aprova convocação do major da PMDF que disse 'é só deixar invadir o Congresso', em 8 de janeiroOITIVAS: confira calendário de depoimentos em junho Quem é general Augusto Heleno 1 de 1
General Augusto Heleno presta depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na CLDF — Foto: CLDF/Reprodução Um dos militares mais próximos de Jair Bolsonaro, o general de exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, de 71 anos, chegou a ser cotado para vice na chapa do ex-presidente. Ele participou da elaboração do plano de governo de Bolsonaro no primeiro mandato e também auxiliou na interlocução do então candidato com integrantes da cúpula das Forças Armadas. Na reserva desde 2011, o general comandou a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, foi comandante militar da Amazônia e chefiou o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.